Saturday, May 12, 2007

EDGAR ALLAN POE






Porque será que quando se fala dos percursores da moderna literatura de ficção ciéntífica e da literatura fantástica nos lembramos imediatamente de Júlio Verne (Jules Verne) e deixamos esquecido Edgar Allan Poe?








Este inspirado romancista, poeta, editor e crítico literário americano nasceu em Boston em 19 de Janeiro de 1809, há quase duzentos anos. E a sua escrita ainda hoje é tão actual. Mas, no fundo, é o que acaba por acontecer com as grandes obras. Tornam-se imortais.








Só que enquanto a tecnologia veio tornar obsoletas as "invenções" de Júlio Verne, pelo contrário, com Poe, escrevendo mais sobre os aspectos mais interiores da mente humana, nos seus anseios, desejos, temores, receios, fobias e pavores, tornou-se quase eterno na sua abordagem.








"The Raven" publicado em 1845, quatro anos antes da sua trágica morte, cujas causas nunca chegaram a ser apuradas, é uma das suas obras mais conhecidas e que tem atraído, ao longos dos anos, as atenções de vários criativos, de entre os quais John Astin, Alan Parsons e Lou Reed.









Penso que gostarão de espreitar um pouco para dentro desta obra "The Raven":















Eis a versão declamada de John Astin:




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Entremos dentro do ritmo e da força criativa deste Alan Parsons que foi também o engenheiro de som responsável pela gravação do album "The Dark Sid of the Moon" dos Pink Floyd. Eis o seu tributo a "The Raven":




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E não quero deixar de vos convidar a entrar um pouco para dentro dos ambientes de loucura criativa e interpretativa de Lou Reed, onde este "The Raven" acaba por ser quase natural:




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O que pensam? Duzentos anos são suficientes para esquecer um génio?




Para mim NÃO!

2 comments:

Anonymous said...

Quem é que não se sente como este génio?

Aprígio Menezes said...

O problema de Poe é o de se não integrar muito bem num estereótipo.
Em minha opinião, ele encontra-se muito mais perto da realidade do que o fantástico. Pois, tal como disse, ele escreve sobre as fobias, os temores humanos.
Apetece-me juntá-lo ao gótico, ao romântico. No fundo, à tragédia da alma humana.